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CONSELHO DAS ENTIDADES DO CAFÉ DAS MATAS DE MINAS E SEBRAE VISITARAM A SERRA GAÚCHA PARA ENTENDER MELHOR COMO FUNCIONA UMA REGIÃO COM DENOMINAÇÃO DE ORIGEM CONTROLADA

Nos dias 3 e 4 de novembro, uma comissão composta de 14 membros, formada pela Diretoria do Conselho, por Conselheiros e por Técnicos do SEBRAE – MG, visitou os municípios de Bento Gonçalves e Pinto Bandeira, no Rio Grande do Sul, para conhecer de perto a experiência de Indicação Geográfica (IG) da vitivinicultura na Serra Gaucha. A visita teve por objetivo conhecer uma realização pioneira no Brasil, implantada há alguns anos e que já apresenta a conquista de diversos benefícios para a cadeia produtiva da uva na região.

Os trabalhos de observação tiveram início com uma visita ao Instituto Brasileiro do Vinho – IBRAVIN, onde a comissão ouviu uma palestra sobre a vitivinicultura brasileira, com destaque para a Serra Gaúcha. Nessa foram apresentadas a evolução, as dificuldades e as potencialidades do setor e enfatizado o papel das Indicações Geográficas na evolução da produção de vinho e na conquista de novos mercados. Na sequencia, foram visitadas três vinícolas que participam da Indicação de Procedência “Pinto Bandeira”. Em todas elas, a Comissão ouviu os empresários fazerem consideração sobre suas participações no Conselho Regulador da IP, tendo como foco as exigências e as expectativas em relação ao negócio dos produtores de uva e das vinícolas.

O segundo dia de trabalho teve início com uma reunião na Embrapa Uva e Vinho, sediada em Bento Gonçalves. Esse evento foi marcado pela realização de duas palestras, sendo uma do Pesquisador da Embrapa e outra da Professora da Universidade Federal de Caxias do Sul, ambos com ampla experiência nas tratativas de Indicações Geográfica do Vinho, tendo participado ativamente da implantação de 3 delas e de algumas outras em andamento. Após as exposições, houve um amplo debate com os membros visitantes, momento em que foram tiradas dúvidas e acrescentadas informações complementares. Na parte da tarde foram visitadas duas vinícolas que participam da Denominação de Origem “Vale dos Vinhedos”, a mais antiga IG do Brasil. Na conversa com produtores e industriais, mais uma fez foram feitos esclarecimentos a respeito das dificuldades e potencialidades do estabelecimento de uma IG.

A viagem proporcionou inúmeros esclarecimentos à Comissão, antecipou a visão de todo o processo a ser desenvolvido e trouxe ânimo maior ao grupo, na certeza de que a implantação de uma Indicação Geográfica do Café das Matas de Minas pode proporcionar significativos ganhos para a Cadeia Produtiva do Café em nossa região. Contudo, também ficou o alertar de que o trabalho é enorme e as dificuldades a vencer são inúmeras, mas ficou evidente que o balanço benefício/custo é extremamente favorável para nossa região.

 Autor: José Luis Rufino